domingo, 21 de fevereiro de 2016

Caso para reflexão: Jeep caracterizado no padrão do LRDG

Que o Jeep foi de suma importância para a vitória aliada na 2ª Guerra não restam dúvidas, mas o veículo estava longe de ser tecnicamente perfeito. Em que pesem as limitações do desenvolvimento de motores Diesel suficientemente compactos e leves à época do conflito, bem como os custos que estariam envolvidos no caso de uma reconfiguração de fábricas de veículos civis para que passassem a produzir motores Diesel com os quais a maioria dos recrutas de certa forma era pouco familiarizada em comparação com os flatheads a gasolina que ainda reinavam absolutos no mercado americano, restavam poucas opções. Um caso a se observar era o de viaturas usadas pelo Long Range Desert Group (Grupo de Longo Alcance do Deserto), unidade do Exército Britânico também conhecida pela alcunha "escorpiões do deserto" e responsável pelas operações que combatiam os Afrika Korps da Alemanha nazista no norte da África. Além da maior abertura na grade de refrigeração, expondo mais o radiador a possíveis danos, é conveniente observar o quanto da capacidade de carga do veículo era comprometida pelos galões de gasolina. Também vale destacar que a maior volatilidade da gasolina em comparação ao óleo diesel ou ao querosene, que favorecia o risco de explosões e incêndios, além do mais sob o sol escaldante do Saara. No tocante à refrigeração e outros parâmetros inerentes ao funcionamento do motor, cabe salientar que o ciclo Diesel tem uma maior conservação de energia térmica em comparação aos ciclos termodinâmicos que recorrem à ignição por faísca como o Otto (4-tempos) e o 2-tempos, e portanto além do menor consumo de combustível e por extensão viabilizando um menor comprometimento da capacidade de carga do veículo, até a refrigeração tornaria-se mais eficiente com o Diesel, sem demandar tanta exposição do radiador a elementos possivelmente danosos (mesmo a areia, capaz de provocar abrasão).

2 comentários:

  1. Para uma viagem ao Atacama seria mais indicado motor a diesel mesmo?

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    1. Sem dúvidas, o Diesel ainda é o mais indicado. No caso de motores turbo, até sofrem menos com a variação de altitude.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html