domingo, 9 de fevereiro de 2020

5 SUVs "resto de rico" que seriam tentadores para adaptar um motor turbodiesel mais recente

Alguns veículos de marcas premium ou simplesmente de uma categoria tida como mais prestigiosa se tornam desejados desde o lançamento, mas tornam-se acessíveis a uma parte considerável do público só quando já estão com uma certa idade, bem como alguns problemas mecânicos cuja resolução pode se tornar tão onerosa que o público-alvo da época que eram 0km prefere partir para um modelo mais novo. E assim, quando por trás de um preço de venda próximo ao de modelos generalistas 0km existe uma série de pendências cujo custo para resolvê-las de uma forma digamos mais ortodoxa, surgem os "restos de rico" como passaram a ser conhecidos. Dentre tantos modelos que se enquadrariam nessa classificação, e que podem ser encontrados nas mais diversas categorias, é possível destacar ao menos 5 SUVs que fazem jus a tal condição e seriam tentadores para se adaptar um motor turbodiesel moderno ao invés de tentar retificar o motor original independentemente de ser a gasolina ou a óleo diesel.

1 - Volvo XC90 de 1ª geração: o fato de ter sido oferecido tanto com motores de 6 cilindros em linha quanto V8 já leva a crer que a grande maioria dos motores que equipam as pick-ups médias atuais vai caber com relativa facilidade sob o capô, em que pesem algumas limitações impostas pela disposição de motor transversal. O problema maior seria promover uma integração entre sistemas eletrônicos de acessórios originais do modelo com o gerenciamento do motor que venha a ser adaptado.

2 - Nissan Pathfinder de 1ª e 2ª geração: embora até existam exemplares equipados de fábrica com motor Diesel, essa opção foi muito rara no Brasil. Seria de se pressupor que qualquer motor já usado em versões da Nissan Frontier comercializadas no país possa ser satisfatório e facilmente adaptável da forma mais plug n' play possível, inclusive os MWM Sprint 4.07 TCA e TCE para quem queira um motor mais bruto que os YD25 e YS23 da própria Nissan, mas naturalmente essas não seriam as únicas opções. E apesar de que um motor da mesma marca seria benéfico para facilitar a questão da reposição de peças até em viagens internacionais, em se tratando de adaptações quase não há limites...

3 - Subaru Tribeca: oferecido somente com motores boxer de 6 cilindros, essa característica se torna uma dificuldade a mais para escolher um motor adequado à adaptação. A princípio um dos motores a se considerar seria o Cummins ISF2.8 devido ao "envelope" compacto que viabiliza o uso até mesmo em vans com o motor montado abaixo dos bancos dianteiros, e por já ser disponibilizado em alguns caminhões leves de fabricação nacional. A rede autorizada muito pequena da Subaru a nível nacional também é um pretexto para que modificações pouco ortodoxas soem ainda mais tentadoras, tendo em vista que a manutenção acaba sendo prejudicada e a depreciação de um Subaru costuma ser alta.

4 - Land Rover Discovery 3 e 4: notabilizados pela complexidade técnica, se fazendo necessário até desacoplar carroceria e chassi para efetuar alguns procedimentos como a substituição da correia que aciona a bomba de alta pressão do combustível nos motores TDV6 e SDV6, e nem mesmo as versões a gasolina sejam muito mais simples, já soa mais tentadora a idéia de chutar o balde e trocar o motor inteiro por algum de procedência nacional ainda que se torne desafiador fazer os acessórios originais funcionarem o mais próximo do normal possível.
A bem da verdade, considerando que a grande maioria dos exemplares do modelo em circulação no Brasil não são nem sequer usados em condições off-road que justifiquem a presença da tração 4X4, não deixa de ser tentadora a idéia não só de fazer um engine swap como também de eventualmente adaptar uma carroceria inteira no chassi de algum caminhão leve de fabricação nacional mesmo que passasse a contar com tração somente traseira...

5 - Lincoln Navigator de 1ª geração: oferecido somente com motores V8 de 5.4L da série Triton, o modelo chegou em poucas unidades ao Brasil via importação independente. O fato do chassi guardar semelhanças com os que eram usados em versões brasileiras da F-250, F-350 e F-4000 a princípio já facilita um repotenciamento com motores Cummins B3.9/ISB3.9 e ISF2.8 que chegaram a ser usados na linha de caminhões Ford, bem como uma integração entre sistemas eletrônicos de acessórios e do motor a ser adaptado.

Um comentário:

  1. Para a turma que comprou aquelas caminhonetes importadas trazidas de Miami pode ser uma boa pedida quando o motor original delas der problema. Melhor do que esperar mais de 1 mês até chegar uma ou outra pecinha miúda que faça falta.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html