sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

6 modelos em que adaptar um motor Cummins ISF3.8 seria tentador

A série de motores Cummins ISF tem se destacado pelo tamanho relativamente compacto, que acaba facilitando a instalação até em alguns modelos com restrições de espaço no compartimento do motor. Já é até oferecida uma versão de especificação americana do ISF2.8 denominada R2.8 e mais voltada ao aftermarket, como uma alternativa aos V8 a gasolina frequentemente usados nos Estados Unidos, mas para o ISF3.8 não foi oferecida uma proposta análoga apesar de eventualmente também ser uma boa opção para algumas aplicações particulares e de lazer até em veículos com alguns recursos técnicos modernos devido ao gerenciamento eletrônico que permite alguma integração com sistemas de segurança como controles de tração e estabilidade. Podem ser destacados ao menos 6 modelos nos quais um ISF3.8 seria particularmente tentador...

1 - Dodge Durango: tendo sido produzido somente com motores V6 e V8 a gasolina, com ao menos uma versão flex na 2ª geração trazida ao Brasil somente por importação independente ao passo que a 3ª geração importada oficialmente já não dispõe dessa configuração, possivelmente a falta da opção por um motor turbodiesel tenha se tornado um dos motivos para a menor presença do SUV americano em mercados de exportação. Certamente uma parceria de longa data entre Dodge e Cummins antes da linha de pick-ups RAM se tornar uma marca à parte pesaria a favor duma aplicação do motor ISF3.8 no Durango.

2 - Infiniti FX/QX70: o SUV japonês ofereceu na primeira geração somente motores V6 de 3.5L e V8 de 4.5L a gasolina, enquanto na segunda contou com o mesmo V6 e com outro de 3.7L além de um V8 de 5.0L entre as opções a gasolina e até chegou a dispor de um V6 turbodiesel de 3.0L mais voltado ao mercado europeu. A disponibilidade muito limitada de uma opção turbodiesel de fábrica já seria um bom motivo para apostar num engine-swap, e o ISF3.8 mesmo que não permita atingir um desempenho idêntico ao original está longe de deixar a desejar num uso normal.

3 - Hummer H3: o menor modelo da linha Hummer a ser comercializado só é encontrado no Brasil equipado com o motor de 5 cilindros em versões de 3.5L ou 3.7L e com o V8 de 5.3L que foram os únicos disponibilizados nas versões com o cockpit à esquerda. Alguns exemplares com o cockpit na direita montados na África do Sul chegaram a ser equipados com o motor Isuzu 4JJ1-TCX de 3.0L e 4 cilindros para atender especialmente aos mercados australiano e inglês. Apesar das características do ISF3.8 acabarem sendo muito distintas dos que originalmente equiparam o Hummer H3, não apenas é apto a proporcionar desempenho satisfatório em exemplares com a configuração de carroceria original, mas também pode atender melhor às condições de uso em exemplares que foram transformados em limousine.

4 - Land Rover Discovery: com a atual geração oferecendo no Brasil somente a opção por um motor de 4 cilindros e 2.0L turbo a gasolina de projeto próprio da Jaguar-Land Rover e um sofisticado V6 twin-turbo Diesel de 3.0L originalmente projetado pela Ford, o modelo está longe de aceitar tão bem eventuais negligências na manutenção. À medida que a atual geração do Land Rover Discovery for envelhecendo, e exemplares usados serem desovados a preços baixos em razão da alta complexidade e por conseguinte dos custos de revisões e consertos, não é de se duvidar que a adaptação do motor Cummins ISF3.8 possa se tornar bastante atraente. A bem da verdade, se não fosse pelo tratamento privilegiado em alguns mercados a motores com cilindrada menor e faixas de rotação mais elevadas até em veículos classificados no Brasil como "utilitários" para os quais esse tópico não tem a mesma relevância, não seria de se duvidar que uma eventual aplicação do motor Cummins direto de fábrica oferecesse resultados plenamente satisfatórios.

5 - Chevrolet Tahoe GMT900: uma daquelas barcas mais estereotipicamente americanas, foi na 3ª geração que o modelo perdeu a opção por motores turbodiesel até mesmo para exportação. É mais fácil de ser encontrada no Brasil em exemplares trazidos por corpos diplomáticos, sempre com algum motor V8 de 5.3L ou 6.2L a gasolina. O fato do motor Cummins ISF3.8 ser bem adequado ao uso até em veículos com o triplo do peso bruto total já permite desempenho satisfatório inclusive no caso de ser imprescindível manter a capacidade de reboque.

6 - Chevrolet SSR: um daqueles modelos com uma proposta "nostálgica" mais focada no estilo que na utilidade de algum veículo antigo que tenha servido de inspiração, pode-se supor num primeiro momento que a proposta mais esportiva que efetivamente utilitária faria com que o motor Cummins ISF3.8 pareça mais propenso a se tornar insatisfatório. De fato, a princípio o desempenho ficaria um pouco menos vigoroso em comparação ao proporcionado pelos V8 de 5.3L ou 6.0L a gasolina, mas é conveniente destacar a influência das relações de transmissão para favorecer o bom aproveitamento das curvas de potência e torque.

2 comentários:

  1. Viu essa Chevrolet SSR em Manaus?

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    Respostas
    1. Vi uma ou duas vezes em Manaus em 2009 sim, e depois a partir de 2012 vi em Porto Alegre algumas vezes.

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

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