terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Caso para uma rápida reflexão: Volvo XC70

Um daqueles modelos que foram muito subestimados pelo mercado brasileiro à época, a Volvo XC70 não deixava a desejar diante da concorrência alemã no segmento das station-wagons grandes, mas um ponto bastante peculiar é referente às opções de motorização, mais especificamente uma ausência de versões Diesel apesar da proposta de uma aptidão off-road que a justificaria sob critérios "utilitários". Apesar de não ser um modelo que se espere ver numa trilha mais travada, nem sendo usado no campo a trabalho, conciliar uma carroceria mais prática para uso geral a um sistema de tração 4X4 era quase perfeito. No entanto, pode-se deduzir que o não-aproveitamento dessa circunstância para tentar obter uma homologação como "utilitário" pesou tanto contra esse modelo especificamente quanto contra as station-wagons em geral que cada vez mais perdem participação de mercado para os SUVs.

A geração de 2000 a 2007 foi importada apenas com um motor de 2.5L e 5 cilindros turbo a gasolina, enquanto a de 2008 a 2016 contou com um motor de 3.2L e 6 cilindros em linha aspirado e também a gasolina. Os câmbios automáticos utilizados, de 5 marchas na anterior e de 6 na seguinte, tem relação da 1ª marcha mais curta que pode ser considerada análoga à "reduzida" exigida para homologação em veículos 4X4 com capacidade de carga nominal inferior a uma tonelada e acomodação para menos de 9 passageiros além do motorista. Portanto, em meio às mudanças que o mercado brasileiro sofreu em parte por influência americana e em outra por conta de distorções que remontam à época da proibição de importações, não é possível subestimar a falta de opção Diesel como um dos fatores que acabavam fomentando a maior procura por SUVs que mesmo no segmento premium já se diferenciavam pela possibilidade de contar com motores turbodiesel modernos que desafiavam a percepção aos olhos do público como "coisa de trator" anteriormente mais comum.

Um comentário:

  1. Será que daria certo mesmo? Sabe como as coisas no Brasil são confusas...

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Nem sempre é viável manter as relações de marcha originais após converter um veículo para Diesel, em função dos regimes de rotação diferenciados. Portanto, uma alteração das relações de diferencial ou até a substituição do câmbio podem ser essenciais para manter um desempenho adequado a todas as condições de uso e a economia de combustível.

It's not always viable to retain the stock gear ratios after converting a vehicle to Diesel power, due to different revving patterns. Therefore, some differential ratio or even an entire transmission swap might eventually be essential to enjoy a suitable performance in all driving conditions and the fuel savings.

Mais informação sobre relações de marcha / more info about gear ratios
http://dzulnutz.blogspot.com/2016/03/relacao-de-marcha-refletindo-sobre.html